Biomassa é grande promessa para Brasil

[do grupo de voluntários do Greenpeace de Salvador]

Lixo urbano, bagaço de cana, cascas de trigo ou arroz e até lodo podem ser transformados em novas matérias-primas e voltar à produção industrial graças às chamadas biorrefinarias, ou refinarias de biomassa; campo tecnológico em que o Brasil está se destacando.

Diversas universidades e pesquisadores do país vinham estudando esta possibilidade e, agora, ela sai do mundo acadêmico e começa a ganhar o mercado. Dois projetos estão sendo implantados, um no Pólo de Camaçari, na Bahia, outro em Lorena em São Paulo e há outro, em fase de estudos, no Paraná.

Através de complexos processos de reatores e transformação de gases em líquidos, estas instalações trabalham produzindo combustíveis, polímeros (origem dos plásticos) e energia elétrica a partir de resíduos, antes desprezados como inúteis.

"Não há resíduo que não possa ser transformado", diz João Carlos Ferreira, engenheiro químico que escolheu esta área para seu doutorado e atua no projeto de Lorena.

Por iniciativa da CPFL ( http://www.cpfl.com.br/ ), também serão construídas mais três usinas geradoras de eletricidade cujo insumo é o bagaço de cana-de-açúcar. Duas na região de Ribeirão Preto e a outra na região de Andradina, no interior paulista. A meta da empresa é ter 500 MW de potência a partir desta biomassa.

Sérgio Morelli

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