"Belo" Monte

Belo Monte é uma usina hidrelétrica projetada a ser construída no Rio Xingu, no estado do Pará. Sua potência instalada será de 11 233 MW, o que fará com que seja a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.

Porém, o desastre social e ambiental provocado pela construção de Itaipu, no rio Paraná, que deslocou milhares de pessoas e afogou um de nossos mais relevantes Parques Nacionais, o de Sete Quedas, aliado à crise financeira pela qual o Brasil então passava, deixou os planos de Belo Monte esquecidos no armário.

O governo de José Sarney ensaiou desengavetá-los, mas diante dos impactos que o plano original provocaria no meio ambiente e das dúvidas sobre o custo da obra preferiu que eles continuassem trancados. Pesou muito na decisão de Sarney a consolidação da resistência dos povos indígenas do Xingu à obra. Eles sempre foram contrários à usina. Mas em 1989, eles se reuniram no Encontro dos Povos Indígenas do Xingu e conseguiram repercussão internacional de sua luta, fazendo o governo recuar para uma revisão dos planos. A porta para a hidrelétrica abriu-se novamente durante o apagão no governo Fernando Henrique.



De acordo com o MPF, o procurador regional Renato Brill de Góes pedirá que o processo seja avaliado pela Corte Especial do Tribunal. Segundo Góes, causa estranheza ao ministério a rapidez com que a decisão foi tomada. “Foge à rotina do TRF-1 decidir sobre um assunto tão complexo como este em cerca de três horas”, afirmou, ao ressaltar que a notícia saiu na imprensa antes mesmo de o MPF, que é parte no processo, ser comunicado.

Além do pedido de Goés, existem ainda outras solicitações de liminar requerendo a suspensão da licença ambiental prévia e a licitação do projeto que podem ser analisados ainda hoje.

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